A viagem foi ótima, o frio não perturbou muito, os lugares continuam lindos, os argentinos atenciosos, as compras fracas, o tango bonito...
Dia da chegada:
Saímos daqui dia 11/06, por sorte sem atraso nenhum nos vôos. Já comprei 2 perfumes no freeshop para garantir... hehe É a única coisa que compro sempre, vale muito a pena e eu amo perfumes, então, não tem como escapar. Chegamos lá 19:30, até chegar no hostel, fazer check-in e tomar a primeira Quilmes para dar uma relaxada e se arrumar foram mais umas horas. 22:30 encontramos 3 casais de amigos nossos no Palermo para jantarmos e emendarmos um barzinho ou quem sabe uma baladinha depois. Uma cidade que dorme tarde é sempre muito bem vinda quando se começa o “dia” tarde!
Não lembro o nome do restaurante, mas não vale a pena, não era nada extraordinário de bom e era meio carinho. Do restaurante caminhamos até a pracinha central, me espantei que estavam todos os bares quase vazios! E era próximo da meia-noite!! Eles pelo jeito não saem dia de semana, nem na quinta-feira... Mas fizemos nós a festa, estava muito legal!!
Voltamos 2:30 para o hostel, com a proposta de acordamos cedo... O quarto era MUITO gelado e não consegui dormir tão cedo e consequentemente não acordamos tão cedo...
Primeiro dia (Sexta-feira, 12/06):
Só consegui sair da cama 10:30 da manhã. Saímos e para o meu café da manhã uma boa empanada com coca (ops, Pepsi, lá é raro encontrar Coca). Sei que se meus pais lerem isso aqui vão me matar, mas para curar a ressaca era o que meu corpo pedia sendo que eu mesma não suporto coisas pesadas no café da manhã. Tudo bem que a empanada não é pesada, mas com coca vira um “pseudo-almoço”. Já com as energias renovadas caminhamos até a Plaza de Mayo, onde encontramos o Cabildo, a Catedral (que sempre me surpreende por parecer feia e pequena de fora mas ser enorme e linda por dentro) e a famosa Casa Rosada (que pra mim é vermelha, quase salmão, mas deixe quieto). Tudo muito lindo, muitas fotos tiradas, o sol começando a esquentar!
De lá caminhamos um pouco pela Florida para trocar o $$ (falam que tem casas de câmbio por toda a cidade, mentira, só na Florida mesmo, sugiro uma das ruas paralelas (Sarmiento) que a taxa é melhor. Reais estava compensando mais, mas não se perdia tanto trocando dólares. Travelers Checks tem a pior taxa, levem $$ mesmo, só as lojas grandes aceitam cartão) e já comemos mais umas empanadas, nosso “almoço”. A idéia era sempre refeições leves e rápidas durante o dia para não tomar muito tempo e uma boa janta à noite. Dali encontramos nossos amigos no Patio Bulrich (something like that), “shopping” da Recoleta só de marcas F. (armani, gucci, assim por diante). Não faz muito meu estilo, embora eu sonhe em ter $$ para comprar por lá... Me senti meio mal com o meu traje de viagem (tênis e mochila para colocar tudo, desde água até pequenas refeições, luvas, etc, etc...) e todos super chiques. Mas logo ignorei e gastei! Haha Achei uma loja muito legal, tipo a antiga Imaginarium (antiga por que hoje já não é mais tão legal), bem maior, com muitas coisas legais e bem baratas!!
Caminhamos até o cemitério da Recoleta, demos uma voltinha por lá (ajoelhou, tem que rezar e ver o famoso, embora sem-graça, túmulo da Evita-don’t-cry-for-me-Argentina-Peron), e passeamos pelas redondezas. Estão reformando as ruas, não está tão bonito. Terminamos o passeio encontrando o outro casal, que já tinha visto tudo isso, no café La Biela, bem famoso, bem na esquina na frente da entrada do cemitério. Acabamos comendo um prato “rápido”, barato, porque achamos que viria no padrão argentino (muita comida), ledo engano... Mas valeu a pena, foi divertido pelo menos! E se comparado com o Brasil não tão caro, só não se pode comparar com outros restaurantes que tem uma qualidade e quantidade maiores. Devia ter comido só um doce... Mas a idéia original era ir no Café Tornoni dali e ver o show de Tango, por isso “jantar” lá e cedo. Lá chegando havia uma fila imeeeeeensa, Tango abortado por hoje. Fica para Domingo, onde deduzimos ter menos brasileños pela cidade.
Sim, esqueci de comentar, eu me sentia no Brasil de tantos brasileiros que tinha por lá! Onde se ia só se escutava português...
Como o Tango havia sido abortado, resolvemos então tomar umas no bar do Hostel para fazer hora e depois ir num barzinho no Puerto Madero. Lá pelas 21:30/22h pegamos um taxi e fomos para o maior programa de índio da viagem. O lugar é bonito mesmo, porém só possui restaurantes (e EXTREMAMENTE caros) e estava 7ºC (segundo o taxista) e com uma sensação térmica muito abaixo por causa da umidade e principalmente por causa do vento ultra-gelado que congelava o nariz, a orelha e até os cílios se duvidar (haha), qualquer parte descoberta. Passeamos um pouco, até não aguentarmos mais e voltarmos para o hostel. Haviamos mudado de quarto, agora com ar-quente, muito bom lugares aquecidos!
Essa é outra coisa boa, mesmo sendo um pais tão (pior, mas deixamos o tão) de “terceiro mundo” (sei que essa classificação é velha, mas é valida neste momento) quanto o Brasil ele aceita que é frio no sul e portanto possui aquecimento em TODOS os lugares!! Inclusive nos barzinhos abertos.
Segundo dia (Sábado, 13/06):
Consegui acordar mais cedo, mas não tava afim do pão com leite do albergue. Pulei direto pras empanadas. Porém o lugar de ontem onde eram boas e do lado do hostel estava fechado. Achamos uma confeitaria onde eu quase perdi meus olhos olhando para os doces, mas me contive com uma empanada e uma medialuna.
Fomos até o “Caminito” na Boca, continua chato aquele lugar. Mas as casas feitas de zinco e madeira, pelos imigrantes italianos realmente conseguem dar alegria à um bairro decadente, triste e fedido (zona portuária, na boca do rio). Dali fomos conhecer o tão conhecido estádio do Boca Juniors. Confesso que eu não estava muito empolgada, mas 30 pesos (uns 17 reais) para uma visita completa não me pareceu mal. Fomos e valeu a pena!! Incrível a arquitetura do lugar, as arquibancadas são realmente extremamente inclinadas!!! Um jogo ali deve ser bom de assistir!! Pena que estava nas finais (ou semi, não lembro nem prestei muita atenção) no fim campeonato (nas últimas rodadas) e o preço estava acima de 200pesos. Se eu reclamo de pagar 20tão para o meu maravilhoso Furacão, não ia pagar isso pra ver jogo lá...
Dali fomos até a Florida. Detesto bater perna, compras essas coisas, mas tenho que dar o braço a torcer. Porém recomendo uma única loja: Fallabela (ou Falabella), tem tudo e barato! Comprei blusas de lã baratíssimas e muito boas, coisa que eu não encontro por aqui e me arrependi de não ter procurado/comprado um tênis novo. No mais, nas outras lojas é tudo mais ou menos o mesmo preço e as roupas femininas mais caras ou muito bregas. Vale a pena para os homens! Camisas sociais de marcas boas (Dior, Pierre Cardin, etc, etc, etc) por 50/60reais!! O problema é que perdemos a tarde inteira nessa brincadeira... Demoramos 2 hrs na Falabella e outras 2 pela Florida... Mas tudo bem, faz parte do passeio!
De noite, cansados e com fome fomos jantar bem no restaurante indicado pelo meu pai! Bem bom! Vinhozinho é bom... hehehe Tô começando a aprender a gostar!! Dali fomos ver o agito dos barzinhos da recoleta. Porém, como era feriado na segunda a cidade estava meio vazia de argentinos, não deu muito certo a tentativa e voltamos dormir.
Terceiro dia (Domingo, 14/06):
Acordamos cedo e fomos até a feira de San Telmo que é só de antiguidades (o que não nos agrada), mas eu estava atrás do Tango na rua. Tem um pessoal (Orquestra Imperial) que tocava por lá, levavam até piano para tocar e era muito bom! Mas eles não estavam. Demos uma volta, vimos restaurantes com bife de chorizo barato e fugimos da muvuca. Descobri que realmente não suporto muita gente apinhada, se batendo, principalmente turistas brasileiros que se acham os donos da cidade.
Dali fomos até o Congresso, muito bonito! Os dias aqui sempre sem nenhuma nuvem deixam as fotos e os lugares mais bonitos! Caminhamos até a Ópera Cólon (que continua em reforma, desde o ano passado), passando pela Corrientes, obelisco, etc, etc. Tudo muito bonito. Fomos até o MALBA de taxi porém não havia nenhuma exibição legal. Voltamos a pé até o Museo Nacional de Bellas Artes, que é de graça e sempre vale muito a pena! Voltamos até San Telmo comer no tal do Dom xxxx (no me recuerdo) Don Ernesto um dos restaurantes que tínhamos visto. Melhor Bife de Chorizo da viagem, simplesmente magnifique!!
Voltamos nos arrastando (eu principalmente, é muita carne pra uma pessoa só...), arrumamos as malas e fomos até o Café Tortoni ver o tal do Tango. Lá chegando tinha novamente uma filinha, mas bem menor e andando rápido. Só conseguimos horário para o show das 21:30, ficamos por lá, é um lugar bonito, tomei um bom cafézinho! 20:30 descemos, não era o mesmo salão que eu havia ido no ano passado, era maior, tinha um palco maior, mas já senti o cheiro da encrenca pois haviam 2 mesas e um “cenário”... Pedimos champagne para coroar nosso último dia! Muito bom, tudo lindo, tudo mágico! Hahaha (chavões a parte, o champagne é barato e foi legal fechar assim, de maneira chique!) O show começou como eu previa e não queria, com teatrinho. Por sorte não durou o show inteiro, a segunda metade foram só danças e o grupo tocando. Mas o da salinha de cima (menor) é muito melhor, muito mais tocante e interessante.
De lá voltamos ao hostel, no dia seguinte viemos embora... querendo mais...
Resumo:
Buenos Aires continua mesclando os prédios antigos bonitos, as regiões caras arrumadas, limpas que possuem um “que” europeu, as carnes ótimas. Porém não está tudo tãooo barato assim, é um pouco menos do que aqui só. O taxi continua menos da metade do preço daqui, vale a pena também, mas dá pra andar a maior parte do tempo.
Ainda faltou passear de dia no Palermo Soho, ver o Tango que eu quero no Tortoni e a livraria Ateneu na Santa Fé (que é construida dentro de um antigo teatro). O feriado lá nos pegou de surpresa, muita coisa fechada.
Foi uma viagem excelente, vi de tudo, aproveitei bastante!!
Não vejo a hora da próxima viagem...